Em maio de 1998, minha jornada como Inspetor Ambiental no Consórcio Camargo Corrêa/Brown & Root começou. Era um momento desafiador e, ao mesmo tempo, repleto de oportunidades. O setor de construção civil vivia uma fase de crescimento acelerado e, com isso, a necessidade de equilibrar a preservação ambiental e o progresso era um desafio imenso. Eu estava ali, no centro de tudo, pronto para fazer a diferença.

Desde o primeiro dia, percebi que aquele seria um trabalho que exigiria não apenas conhecimento técnico, mas também paixão por fazer a coisa certa. Trabalhar como inspetor ambiental envolvia a implementação e fiscalização de práticas sustentáveis em cada etapa do projeto. Cada inspeção era uma aventura, uma chance de aprender e aplicar conceitos de gestão ambiental, que estavam apenas começando a ganhar destaque no Brasil.

Lembro-me de um dia específico em que estávamos em uma área de construção sensível, próxima a um curso d’água. A pressão era grande: havia a necessidade de cumprir prazos de entrega e, ao mesmo tempo, assegurar que não haveria danos ambientais. Foi aí que, junto com minha equipe, desenvolvemos uma série de barreiras de contenção e aplicamos técnicas de controle de erosão que, ao final do projeto, garantiram a preservação daquele ecossistema. Uma pequena vitória para o meio ambiente, mas um grande aprendizado para mim e para todos os envolvidos.

Além do trabalho técnico, o que mais me marcou nesse período foi a oportunidade de colaborar com profissionais incríveis. Pessoas como a Kiki, minha chefe e mentora e colega do trabalho, que me ensinou a importância de manter a calma sob pressão, e Adrian Molina, do departamento de engenharia, que sempre acreditou que a inovação ambiental era o caminho. Eles foram mais do que colegas, foram amigos e mentores que ajudaram a moldar minha trajetória profissional.

Ao longo dos 11 meses que estive no consórcio, pude testemunhar como a responsabilidade ambiental não é apenas um termo técnico, mas sim um compromisso diário. Sinto-me grato por ter feito parte de uma empresa que, mesmo em tempos onde a sustentabilidade ainda era um conceito emergente, já abraçava a causa. As conversas no campo, as reuniões para discutir as melhores práticas e o sentimento de realização ao ver que estávamos deixando uma marca positiva são momentos que guardo com carinho.

Não posso deixar de agradecer à Camargo Corrêa e Brown & Root por acreditarem no meu potencial e me darem a oportunidade de crescer como profissional. Foram dias de muito aprendizado, aventuras e conquistas, que moldaram a forma como vejo a gestão ambiental até hoje.

Ao olhar para trás, vejo essa experiência como uma verdadeira aventura. A cada novo desafio, uma nova solução. A cada nova solução, um impacto positivo que reverbera até hoje. Sou grato por ter feito parte desse projeto e, acima de tudo, por ter trabalhado com pessoas tão dedicadas e visionárias.